«À descoberta da cultura calon pela mão dos chaborrilhos»
Antes de mais, convém situar-vos no tempo quanto às experiências e vivências que vou partilhar aqui. Trata-se de uma aventura humana que se iniciou em Setembro de 1992 e que abriu um parêntese em Setembro de 2007, quando regressei ao jardim-de-infância “tradicional”. Trata-se de um período que cobre 15 anos da minha vida de educadora, entre os meus 33 e 48 anos, que considero terem sido os mais ricos da minha vida profissional. Desde então, a minha relação com a cultura calon (ou cigana) tem sido através dos amigos e amigas calons que angariei ao longo daquele período e que vou alimentando, actualmente, através das novas tecnologia (redes sociais, emails, telemóvel, etc..). Foi no âmbito destas aprendizagens que escrevi a dissertação de mestrado, designada “Aprendendo com Ciganos: Processos de Ecoformação” publicada em 2003, e, dez anos mais tarde, a tese de doutoramento “Aprender a ser cigano hoje: puxando e empurrando fronteiras” (a qual aguardo defender brevemente). Quando