Após 36 anos de serviço, com 57 de idade e quase 1 000 000 km percorridos…


...ao volante de meia dúzia de automóveis e visitando diversos espaços geográficos do país… Assumi, finalmente e com alguma nostalgia até, que regressei ao passado… No mesmo jardim de infância onde estagiei no 2º ano do curso, onde fiquei colocada no 2º ano de serviço na rede pública e onde fiquei grávida do meu filho! Tenho, por isso tudo, uma relação afetiva com este lugar…Onde penso ficar até me aposentar…! (Se tudo correr bem…!!!)
Vou aprender a utilizar esta ferramenta – blog – para partilhar o que vou fazendo com os meus meninos e meninas…Tenho vindo a utilizar o facebook para esse efeito porque me pareceu mais fácil, mais célere… Mas torna-se mais difícil a sua consulta posterior…Tudo, na vida, tem um lado positivo e outro negativo, dependendo da perspetiva e da necessidade sentida no momento…O importante é sermos ecléticos e "holísticos", flexíveis e manejar as ferramentas artisticamente! Ora vamos lá à obra…Sim, porque educar é muito semelhante ao processo de criação de uma obra de arte... É, sem dúvida, um processo criativo...  
A minha "pedagogia" é a "de situação" que poderá dar origem a projetos, conforme a maturidade manifestada pelas crianças e a dinâmica do grupo proporcionar… Tento, sobretudo, não meter “o Rossio na rua da Betesga” e dar tempo ao tempo….Se não desembocar num projeto não faço disso um fracasso!
“Situação” que tento “apanhar” e dar pernas para andar…Em anterior post, neste blog, abordei a “improvisação educativa” , o "duende pedagógico" e a "pedagogia de situação"… Pois é nesse registo que adoto a “pedagogia de situação”… Mas trago, na minha mochila (na manga), sempre algo que posso aproveitar do que vai surgindo de uma criança ou do grupo…É uma sensação criativa de me dá imenso gozo!
Nem sempre consigo, mas quando persigo este meu sonho e o alcanço, uma sensação de plenitude semelhante àquela que experimentei aquando das animações nos mercados se apodera de mim!
Vamos então iniciar esta nova viagem… E, como dizia o poeta: “Não sei para onde vou, só sei que não vou por aí!” …
Mirna Val-do-Rio, Dançando a Vida, 2002, RealImo, Setúbal

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