A 1ª semana de setembro com os "meus duendes"
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as peripécias da nossa viagem pode visitar https://www.facebook.com/myrna.montenegro
Este ano tenho um grupo 10 catraias e 13 catraios, entre os 4
e os 6 anos. Metade do grupo já se conhecia do ano passado e, entre os novos, alguns
também já se conheciam de outros jardins de infância… Pela primeira vez, não
houve choros nem ranger de dentes! E, raramente, houve necessidade de recorrer
ao “kit” de socorro afetivo (um coração de feltro, com o perfume da mãe ou do
pai, feito em casa, preenchido com 3 bolinhas de algodão de 3 cores – a cada cor
foi atribuído um significado, nomeadamente: beijos, abraços, alegria, coragem,
calma, amor, etc… -) ideia inspirada em Helena Gonçalves Rocha (ver em Corações de Bolso).
Aqui estão alguns exemplos das pastas decoradas pelos pais, no dia da receção, e
crianças durante esta semana, e que guardarão os trabalhos de tamanho A3…
Além de poder BRINCAR
nas várias áreas – casinha, garagem e construções, jogos de mesa, modelagem, pintura,
computadores, biblioteca, onde podem estar 5 crianças de cada vez, existem duas
grandes mesas que podem acolher 7 crianças, para realizar IDEIAS e trabalhos.
Utilizamos também uma área
central – um tapete de 5 por 2 metros – para reunir o grupo, realizar
assembleias regulares, dançar, contar histórias, fazer jogos, conversar,
resolver problemas, debater, votar, enfim…Um lugar/espaço/tempo onde se constrói
o grupo: o coração do grupo!
Para abordar as regras de convívio, começámos por contar uma
história que nos fala da necessidade de ser abraçado e de abraçar (e de
experimentar o beneficio do ABRAÇO quando estamos um pouco “perturbados”), da necessidade
de dar e receber carinhos, beijinhos e festinhas…
Depois dos recreios, o grupo tem necessidade de fazer “queixinhas”,
pelo que se aproveita para ativar o JORNAL
DE PAREDE, com as suas várias rubricas: IDEIAS para partilhar e realizar;
ELOGIOS e PARABÉNS a dar às pessoas; NOTICIAS TRISTES E ALEGRES que nos acontecem.
No seguimento da necessária gestão de emoções, expectativas e
conflitos, reintroduzem-se as regras de boa convivência. Umas são simples e contam-se pelos dedos de uma MÃO. Outras são para nos tornar mais autónomos e nos ajudar a crescer...
Durante toda a semana, ao final da tarde, meia hora antes de
ir para casa, fazemos vários jogos divertidos e danças engraçadas que nos
aproximam física e psicologicamente: as cadeiras calçados, os cachorinhos cegos, o dragão, a princesa e o príncipe, o cobertor, o espelho, arame sam sam, amara xengo, a dança da noiva, guli guli, os esquimosinhos, o telefone estragado, a eletricidade, as conchinhas, o sino, boguie boguie, cabeça, ombros, joelhos e pés, etc...
E hoje, último dia da semana, surgiu a primeira “situação”
que desembocou na realização de uma experiência. Um menino lembrou-se de uma experiência
realizada o ano passado - o esparguete dançarino... E como se podia fazer
a mesma experiência com arroz, antes de a realizar, ouvimos a canção "O meu amor é pequenino como um grão de
arroz..." que nos fala do amor
de mãe e cantado por Amália. Fizemos então a experiência e registámo-la... (Mas
como não tínhamos arroz, fizemos com massinha pevide, que é do tamanho de um
grão de arroz...).