A 1ª semana de setembro com os "meus duendes"

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Este ano tenho um grupo 10 catraias e 13 catraios, entre os 4 e os 6 anos. Metade do grupo já se conhecia do ano passado e, entre os novos, alguns também já se conheciam de outros jardins de infância… Pela primeira vez, não houve choros nem ranger de dentes! E, raramente, houve necessidade de recorrer ao “kit” de socorro afetivo (um coração de feltro, com o perfume da mãe ou do pai, feito em casa, preenchido com 3 bolinhas de algodão de 3 cores – a cada cor foi atribuído um significado, nomeadamente: beijos, abraços, alegria, coragem, calma, amor, etc… -) ideia inspirada em Helena Gonçalves Rocha (ver em Corações de Bolso). 
Aqui estão alguns exemplos das pastas decoradas pelos pais, no dia da receção, e crianças durante esta semana, e que guardarão os trabalhos de tamanho A3…
Além de poder BRINCAR nas várias áreas – casinha, garagem e construções, jogos de mesa, modelagem, pintura, computadores, biblioteca, onde podem estar 5 crianças de cada vez, existem duas grandes mesas que podem acolher 7 crianças, para realizar IDEIAS e trabalhos.
Utilizamos também uma área central – um tapete de 5 por 2 metros – para reunir o grupo, realizar assembleias regulares, dançar, contar histórias, fazer jogos, conversar, resolver problemas, debater, votar, enfim…Um lugar/espaço/tempo onde se constrói o grupo: o coração do grupo!
Para abordar as regras de convívio, começámos por contar uma história que nos fala da necessidade de ser abraçado e de abraçar (e de experimentar o beneficio do ABRAÇO quando estamos um pouco “perturbados”), da necessidade de dar e receber carinhos, beijinhos e festinhas…

 E como as festinhas dão-se com as mãos e que, por vezes, estas são utilizadas de forma desajustadas e extemporâneas, utilizámos outros livros que nos dizem o que se pode ou deve fazer e não fazer com elas…

Depois dos recreios, o grupo tem necessidade de fazer “queixinhas”, pelo que se aproveita para ativar o JORNAL DE PAREDE, com as suas várias rubricas: IDEIAS para partilhar e realizar; ELOGIOS e PARABÉNS a dar às pessoas; NOTICIAS TRISTES E ALEGRES que nos acontecem.

No seguimento da necessária gestão de emoções, expectativas e conflitos, reintroduzem-se as regras de boa convivência. Umas são simples e contam-se pelos dedos de uma MÃO. Outras são para nos tornar mais autónomos e nos ajudar a crescer...
Durante toda a semana, ao final da tarde, meia hora antes de ir para casa, fazemos vários jogos divertidos e danças engraçadas que nos aproximam física e psicologicamente: as cadeiras calçados, os cachorinhos cegos, o dragão, a princesa e o príncipe, o cobertor, o espelho, arame sam sam, amara xengo, a dança da noiva, guli guli, os esquimosinhos, o telefone estragado, a eletricidade, as conchinhas, o sino, boguie boguie, cabeça, ombros, joelhos e pés, etc...

E hoje, último dia da semana, surgiu a primeira “situação” que desembocou na realização de uma experiência. Um menino lembrou-se de uma experiência realizada o ano passado - o esparguete dançarino... E como se podia fazer a mesma experiência com arroz, antes de a realizar, ouvimos a canção "O meu amor é pequenino como um grão de arroz..." que nos fala do amor de mãe e cantado por Amália. Fizemos então a experiência e registámo-la... (Mas como não tínhamos arroz, fizemos com massinha pevide, que é do tamanho de um grão de arroz...).

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